Demissão de vigilantes da Chesf em Paulo Afonso é tema de audiência na AL-BA

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A demissão de trabalhadores, o uso da tecnologia, a falta de proteção nas subestações de energia e a ameaça de apagões foram assuntos discutidos, nesta quinta-feira (14), na audiência pública intitulada “Desemprego de vigilantes e insegurança de funcionários e instalações da Chesf”. A reunião, realizada nas salas Herculano Menezes e Luís Cabral, foi uma proposição da deputada Maria del Carmen (PT), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (AL-BA).

“É uma relação de trabalho importante para a sociedade, pois você tem grandes equipamentos que ficam descobertos com as demissões, tendo o risco de provocar apagões nas cidades e transtornos diversos para a população. A denúncia está feita, é um tema que merece a atenção da Casa do Povo e vamos encaminhar as demandas surgidas aqui para quem tem a responsabilidade de acompanhar todo este processo”, afirmou a petista.

Depois de pedir um minuto de silêncio em homenagem ao ex-deputado federal Luiz Alberto, que faleceu em Salvador nesta quarta-feira (13), o deputado Robinson Almeida (PT), engenheiro eletricista de formação, destacou conhecer o Parque da Companhia Hidrelétrica do São Francisco, em Paulo Afonso, e considerou que “ali está instalado uma das maiores riquezas do patrimônio energético brasileiro, sendo um complexo de geração de energia que alimenta a economia e os lares de partes importantes do país, especialmente da Região Nordeste”.

O parlamentar criticou o processo de privatização da Eletrobras, que retirou o controle acionário do Governo Federal, e garantiu que as consequências dessa decisão, tomada pelo governo anterior, trouxeram diversos impactos. “No setor de petróleo, o baiano paga a gasolina, o diesel e o gás de cozinha mais caros do Brasil, porque a Acelem, comprada pelo grupo árabe Mubadala, mantém uma política internacional de preços baseada no dólar. A Coelba, privatizada há três décadas, é uma mina de ouro para os seus acionistas espanhóis, mas presta o pior serviço à população, tri-campeã de queixas no Procon, com apagões e prejuízos para as pessoas”, frisou o petista.

Cerca de 120 vigilantes que atuavam na empresa há quase 30 anos vão passar o Natal e o Ano Novo desempregados, denunciou o presidente do Sindicato dos Vigilantes da Bahia, Paulo César Brito. De acordo com o sindicalista, os trabalhadores estão sendo substituídos por aparelhos elétricos, pelo monitoramento eletrônico e por poucas pessoas que realizam tarefas de portaria, sem capacitação profissional para atuar na proteção de usinas, subestações, barragens e outras unidades operacionais.

“A Chesf abandonou o compromisso social de gerar empregos. Só na cidade de Paulo Afonso são 80 trabalhadores, pais e mães de família, que deixaram de receber o seu salário, sem poder fazer mais seu mercado, comprar a roupa de seus filhos, pagar uma consulta médica. Queremos de volta nosso ganha pão, nosso meio de sobrevivência digno e honesto”, apelou.

A Chesf designou seu diretor administrativo, Jenner Guimarães, para fazer os esclarecimentos perante a audiência pública. Para o diretor da empresa, “o que está ocorrendo é um processo de modernização tecnológica dentro do setor de segurança”, onde recursos estão sendo incorporados, buscando a otimização e uma maior eficiência no monitoramento das áreas. Jenner informou ainda que, nos últimos quatro anos, houve um investimento de 98 milhões em novas tecnologias, como videomonitoramento, tele assistência e o uso de sonofletores e radares magos para proporcionar mais segurança às instalações das unidades e também às pessoas que gravitam nas áreas controladas pela Companhia.

Fonte: Bahia Notícias 

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