Bahia registra aumento no número de farmácias clandestinas

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Por Hieros Vasconcelos Rêgo

Em cada esquina, uma farmácia: essa é uma realidade brasileira que não passa despercebida aos olhos atentos da população. Com o número desses estabelecimentos cada vez maior, tanto em Salvador como no Estado, é necessário ficar atento para não cair em armadilhas para a própria saúde: parar em farmácias irregulares ou clandestinas, aquelas que não seguem as normas do Conselho Federal de Farmácia.

Com a proximidade do verão, a possibilidade de acessar as farmácias clandestinas ou irregulares aumenta, por vários motivos, entre eles, a busca por injeções e anabolizantes. Os perigos vêm junto.

De acordo com os dados disponíveis pelo Conselho Regional de Farmácia da Bahia (CRF-BA), em todo o estado este ano foram registrados cerca de 300 estabelecimentos clandestinos ou irregulares, sendo 130 na capital. Os números foram obtidos durante mutirão realizado no mês de outubro pelo conselho regional que gerou um relatório a ser enviado para o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e para as vigilâncias sanitárias.

Embora a existência desses estabelecimentos pareça facilitar a vida dos consumidores quando estes não conseguem uma receita médica, por exemplo, ou querem ter acesso fácil e rápido a um medicamento, os problemas também podem ser muitos, e mais graves.

“Toda farmácia necessita um profissional para aplicação de injetáveis, curativos, pressão, dosagem da glicemia, mais os testes laboratoriais remotos, como exames de sangue. Muito preocupante que a população utilize espaços sem toda a regulamentação”, afirma o presidente do CRF-BA, Mario Martinelli.

Isso porque, acrescenta ele, nos estabelecimentos clandestinos ou irregulares geralmente os medicamentos são falsos, vencidos, contrabandeados, acondicionados de forma errada.

“Por isso os danos a saúde podem ser irreversíveis. Pessoas podem morrer, injeções com substâncias vencidas causam sequelas, pois não sabemos os cuidados também com os medicamentos em locais de alta temperatura, prejudicando o princípio ativo do medicamento “, pontua.
Tanto a farmácia clandestina, quanto a irregular representam riscos para a sociedade, pois não garantem a segurança adequada ao paciente e consumidor.

Fonte: Tribuna da Bahia 

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