Major Júnior, diretor do Presídio Regional de Paulo Afonso, concedeu entrevista à RBN, pela manhã para comentar a apreensão, na madrugada desta quarta-feira 10, no interior da unidade, de quase 2 quilos de maconha prensada e 16 celulares, pela Polícia Penal.
Esta apreensão vem na esteira de outra recente em que foram recuperados 26 celulares dentro do presídio.
“Infelizmente a gente não tem como controlar tudo. O perímetro do presídio é muito grande e há muitos arremessos. Constantemente nós fazemos essas operações e, há cerca de 15 dias fizemos uma operação como essa, apreendemos 26 celulares e um quilo e setecentas gramas de maconha. Hoje através do nosso serviço de inteligência apreendemos 12 tabletes de maconha e mais 16 celulares”, contou a autoridade.
“O esconderijo são as celas do presídio”
“São esconderijos que eles conseguem fazer, é só vendo para crer. Às vezes eu digo que, se esses internos usassem a inteligência para fazer coisas do bem, tenho certeza que seriam bem-sucedidos na vida, porque são determinados. Eles deveriam parar de fazer isso porque só complica a vida deles”, ponderou o Major.
A consequência imediata, após a apuração do fato, segue explicando o Major, para os presos sentenciados é o aumento de pena e/ou regressão do regime a depender do fato.
“Nós encaminhamos a apuração ao juiz da execução penal para que ele decida sobre a situação. Quando ele é flagrado com drogas nós encaminhados à delegacia e mais um processo ele vai responder; mas se for preso provisório isso pode interferir para a condição de um alvará e em situações futuras, caso ele seja flagrado com a droga. Mas se não identificamos quem é o dono do material apreendido, fica aquele grupo à cargo de sanções administrativas e disciplinares”, diz o Major acrescentando que há uma lei específica para tratar da execução penal.
“Ela [a lei] diz desde como deve ser uma unidade prisional; os benefícios, direitos e deveres de um preso. Tem que deixar claro que o preso tem não apenas direitos, mas muitos deveres. Na minha gestão, graças a Deus, estão cumprindo.”
“Eu não gosto de aparecer, mas de trabalhar”, garantiu o diretor do presídio Major Júnior.
Por RBN/Canal Se Liga no Lima.
