‘Quem vota com o governo não é oposição’, diz Galinho e alerta “Vamos ver como ficará a divisão dos gabinetes”

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PAULO AFONSO – O ponto final sobre a composição do Legislativo, após a eleição de Pedro Macário (PP) para a presidência da Câmara ainda não foi dado, porque falta definir as lideranças de bancada e, a partir disso a divisão das verbas de gabinete que são iguais para uma e outra.

A lei aprovada em março de 2007, durante a gestão de Ângelo Carvalho, é bastante clara a respeito de como fica a situação de maioria e minoria, a partir da votação para a eleição da Mesa Diretora. Não tem a ver com a situação de apoio ao prefeito, mas de como se configura a presidência da Câmara.

Quando foi votar, o vereador Mário Galinho fez questão de observar isso: “Em primeiro lugar, é preciso dizer que quem vota com o governo não é oposição, por isso eu achei que a oposição deveria lançar uma chapa para que isso ficasse bem esclarecido.”

O passado é um espelho

Há três anos quando deixaram o governo do então prefeito Anilton Bastos (Podemos) os ex-vereadores Luiz Aureliano e Antônio Alexandre, não foram acolhidos pela bancada de oposição. O Partido Progressista fazia de conta que se opunha ao prefeito, à época com Edson Oliveira no comando da oposição fictícia, enquanto os vereadores que faziam de fato o enfrentamento político ficaram sem nada. Leia-se: a divisão da verba de gabinete que lhes cabia também.

Em 2019 a coisa não vai ser bem assim

Pelo que ficou dos vereadores que votaram para eleger Pedro Macário, ninguém consegue arriscar com convicção quem ali ainda é oposição de fato. Contudo, o vereador Moreirão (PSC), discorda dessa visão. “A oposição, que é maioria, elegeu Macário”, disse ele a mim, após o resultado.

Imediatamente sabe-se que o nome do vereador José Carlos Coelho (PRB) será o indicado para ser a liderança de oposição [ou de minoria?, melhor ainda: de bancada?], no entanto, não custa perguntar: que tipo de oposição fará um vereador que só faz elogiar o governo?

“Ainda não acertamos nada”

Segundo me disse hoje o vereador Mário Galinho, ainda não houve nenhuma conversa com os colegas, especialmente, Pedro Macário sobre como ficará essa situação.

“Eu ainda vou conversar com Pedro Macário, mas já adianto que a situação ocorrida aqui naquele tempo não acontecerá mais. Nós temos planos para a oposição, nós temos uma linha de atuação e nós vamos lutar para que seja cumprida a lei.”

O que se sabe sem muita conversa é que, oposição de verdade ou fajuta , o que ninguém abre mão é da volumosa verba de gabinete.

 

Por Ivone Lima.

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