São João deve impulsionar turismo e injetar bilhões no estado da Bahia

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Por Hieros Vasconcelos
Milho assando na brasa, fogueira no terreiro e famílias reunidas ao redor das comidas típicas. O São João é mais que tradição: é um período de intensa movimentação cultural e econômica, que aquece corações e também os números do turismo, do comércio e dos serviços.
 Em 2025, a festa deve superar as edições anteriores e consolidar ainda mais seu papel como motor de desenvolvimento regional, com expectativa de aumento no número de visitantes e impacto bilionário na economia do estado.
 De acordo com o secretário de Turismo da Bahia, Maurício Bacelar, a expectativa é de crescimento de 25% no número de visitantes em relação ao ano passado. “Nosso objetivo é fazer com que a Bahia seja cada vez mais reconhecida como o principal destino junino do Brasil”, afirmou ele, durante o lançamento do roadshow “São João da Bahia: é forró, é tradição, é para todos”, promovido em São Paulo no início de maio, quando foi lançada oficialmente pelo governo estadual a programação junina deste ano.
Segundo a projeção da Secretaria de Turismo, com base na tendência de crescimento do setor e no histórico de movimentação econômica, o São João de 2025 pode gerar impacto superior a R$ 2 bilhões na economia baiana. Em 2024, a estimativa da pasta foi de movimentação semelhante, consolidando a festa como um dos principais eventos do calendário turístico estadual.
A Setur-BA aposta no fortalecimento dos polos tradicionais do interior, como Senhor do Bonfim, Amargosa, Cruz das Almas, Ibicuí e Santo Antônio de Jesus, ao mesmo tempo em que reforça Salvador como porta de entrada para os turistas. A capital contará com eventos em bairros populares e apresentações no Parque de Exposições, além de estrutura especial para recepção nos aeroportos e rodoviária.
Já o comércio varejista nacional, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), movimentou cerca de R$ 5,5 bilhões durante o período, com forte participação da Bahia nesse montante, cerca de R$ 1,7 Bi.
A movimentação intensa nas ruas já começa a ser sentida por quem vive do comércio informal. Na Avenida Sete de Setembro, no centro de Salvador, o vendedor ambulante Josenildo Araújo, de 44 anos, já prepara o estoque de chapéus de palha, bandeirolas e camisas xadrez. “O São João é minha melhor época do ano. Se São Pedro ajudar e não chover muito, dá pra garantir o dinheiro do aluguel e ainda fazer uma poupança”, conta, animado.
Para além dos números, o São João segue sendo uma celebração popular que mobiliza emoções. No Largo do Pelourinho, a estudante Fabiana Souza, de 19 anos, diz esperar ansiosamente a chegada do mês de junho. “É a época mais linda, mais alegre. A gente se arruma, dança, come coisa boa e ainda reencontra a família toda. Não tem festa igual”, resume.
Esse aspecto emocional da festa é reconhecido e valorizado pelas autoridades que coordenam sua realização. Conforme destacou Bacelar, durante o evento em São Paulo, “o São João é a expressão mais autêntica da cultura nordestina, com grande poder de atrair turistas e de movimentar cadeias produtivas locais, desde a agricultura familiar até a rede hoteleira”.
Ações – O investimento na promoção e na estrutura dos festejos reflete uma estratégia de Estado. A Setur-BA vem, nos últimos anos, ampliando parcerias com prefeituras, empresas e entidades culturais para garantir que as festas ocorram de forma segura, organizada e com grande impacto econômico. Em 2025, a pasta também investe na qualificação dos profissionais do setor, com cursos de atendimento ao turista, idiomas e boas práticas de hospitalidade.
Outro destaque desta edição é o fortalecimento do turismo interno. A campanha “Viva o São João da Bahia” será veiculada em emissoras de TV, rádio, redes sociais e plataformas digitais, com foco em atrair baianos que vivem em outras regiões do estado ou fora dele. “A ideia é que o São João seja um convite para que todos retornem às suas origens e fortaleçam nossa cultura”, completou Bacelar.
Com informações do Tribuna da Bahia

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