O ex-vereador Antônio Alexandre, morto em 2017, foi o político que costurou a numerosa bancada de oposição dissolvida sem que houvesse uma única canetada do prefeito Luiz de Deus (PSD), no último mês dos trabalhos legislativos, cuja pauta pôs em jogo a nova presidência da Câmara.
Muito antes da chegada definitiva e anunciada de Jean Roubert (PTB) e dos colegas menos estridentes Zezinho (Podemos), Leda Chaves (PDT) e José Carlos Coelho (PRB) – que a bem da verdade nunca assumiram o romance-, Alexandre montou uma equipe organizada e coesa.
“Há dois anos a oposição tinha um projeto bem definido; nós convidaríamos Jean para compor a nossa bancada e trabalharíamos uma agenda alternativa, fortalecendo o Parlamento”, disse Mário Galinho (SD) avaliando o Titanic do qual sobreviveu ao lado de Jean.
A volta dos que não foram
Após o naufrágio, desembarcaram na bancada governista aqueles que dela nunca saíram de fato [com o incremento de Edilson do Hospital (MDB), por ora]; na oposição os novatos se aventuraram durante a votação das contas do ex-prefeito Anilton Bastos (Podemos), empreitada encabeçada por Jean Roubert que virou pó, após a liminar conseguida pelo ex-prefeito.
Quem é oposição em 2019?
Mário Galinho e Jean Roubert sabem que ganharão “colegas” na bancada, pois há uma pomposa verba de mais de 20 mil reais para o gabinete de oposição; dai por que o teatro de uma bancada com mais de dois vai continuar. Na vida real, entretanto, ninguém consegue arriscar com firmeza qual vereador desses que fecharam com o governo terá condições de encará-lo sem trazer a face amarelada.
Por Ivone Lima.