Bastidores: sem ter mais oposição governo avalia qual Mesa Diretora lhe cai melhor

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No último sábado, 14 de dezembro, alguns vereadores renderam homenagens nas redes sociais para lembrar um ano da morte do ex-vereador Antônio Alexandre. Nesta segunda-feira 17, foi inescapável uma de suas maiores críticas à Câmara, a qual denominava “secretaria do prefeito”.

A coisa é tão verdadeira, respeitado um ou outro vereador que ainda parece ter desejo próprio “e consciência” por assim dizer, que ninguém mais é capaz de afirmar com precisão como será a nova gestão do Parlamento [Poder que tem entre outras prerrogativas a função de fiscalizar o Executivo], dado o esfarelamento da oposição, a mágoa, a desconfiança, e consequentemente, os acordos que se deslaçam a todo momento.

Diga-se: não é demérito do prefeito  Luiz de Deus (PSD), que se movimentou pouquíssimo para enfraquecer a bancada, a fome na oposição sempre foi seu maior adversário.

Se o Partido Progressista, com Pedro Macário, conseguir chegar à presidência da Casa, vai pela boa-vontade do prefeito  e não por méritos próprios, por isso como lhe poderá ser oposição?

Mesmo que o vereador Edilson do Hospital (MDB), hoje referindo-se a Luiz de Deus com grande entusiasmo, mais ainda do que o líder da bancada de governo, Leco (PHS), tivesse ido embora sozinho, não faria estrago algum, pois ainda restariam nove, o problema é que o PP pegou carona com Edilson e outros ficaram desamparados.

O contragolpe fracassado – parte da oposição tentou uma  articulação paralela contra o PP, mas não encontrou abrigo na prefeitura; tendo o plano frustrado, resta apenas o discurso de consolação ou  de revolta que, a bem da verdade, não serve para nada.

A bancada foi liquidada sem uma única nomeação feita pela prefeitura. Num desarranjo inacreditável até bem poucos dias. Os vereadores não se importaram com nada do que prometeram aos eleitores que os fizeram oposição para combater exatamente o artifício em curso.

Com tudo arrumado, Luiz de Deus tem tempo e nomes à disposição para, como bem falava o saudoso Antônio Alexandre “escolher os novos diretores da sua secretaria”.

 

Por Ivone Lima.

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