O vereador José Carlos Coelho (PRB) tomou as dores de Pedro Macário (PP), na sessão ordinária da Câmara Municipal desta 2ª feira (10) e culpou, ora vejam, a imprensa [sempre ela, coitada] de está faltando com a verdade.
Na ânsia de defender o colega, o vereador afirmou que ninguém da imprensa participou da reunião da última segunda-feira, em que o nome de Macário foi posto na mesa em detrimento de Jean Roubert (PTB), como se não houvesse outra forma de a imprensa saber o que se passa. A propósito: não é preciso dizer a fonte, mas adianto que tudo que foi publicado em seguida saiu de vereadores que participaram da reunião. Então por que vem a ser a imprensa a culpada?
Na falta de um argumento melhor, o vereador chegou a dizer que “em nenhum momento Macário traiu ninguém, e cada um tem o direito de fazer o que quiser… Não adianta andar na igreja, dizer que é isso e aquilo e não falar a verdade.”
Observo: que nome se dá a um acordo em que políticos prometem apoio mútuo, um cumpre a sua parte e o outro na hora de ajudar o colega lhe vira às contas?
Outra coisa: Jean fez acordo, para ficar em suas palavras “com a liderança maior do PP”, que todos sabem não é Macário. Portanto não faz sentido José Carlos defender a quem não está sendo atacado.
Jean ficou mudo: o vereador Jean Roubert que disse a Angiquinho FM “se sentir injustiçado”, porque não gosta do verbo “trair” ouviu tudo e disse que “não ia criar mais problemas com o colega” que acabara de atacar “a imprensa que o defendeu”.
Sem a igreja seria pior – Já pensou se a moda pega?, em vez de a imprensa tratar apenas de assuntos políticos – portanto públicos e de sua obrigação primeira -, começar a investir na vida pessoal dos homens públicos, como o vereador fez com a imprensa? Em todo caso é melhor “a imprensa” continuar indo rezar, pois a tentação é grande.