Não teve choro nem vela: Câmara reprova contas do ex-prefeito Anilton Bastos por 10×04 votos

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PAULO AFONSO- Finalmente nesta segunda-feira 22, a Câmara Municipal encerrou a novela que envolvia as contas do ex-prefeito Anilton Bastos Pereira (Podemos) referentes a 2016, último ano do seu governo, recusando o parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que recomendava aprovação com ressalvas.

A oposição estava coesa e não aconteceu nenhum momento de dúvida, aliás, apesar de ter havido o Grande Expediente, apenas Mário Galinho (SD) e Pedro Macário (PP), falaram dando pistas que não aprovariam as contas, ao passo que os vereadores da bancada governista classificavam de perseguição política e até “golpe”  o voto negativo da oposição.

Sessão tensa

PM acompanha sessão da Câmara para evitar atritos entre parlamentares e o povo.

 

Foi necessário pedir a presença da Polícia Militar e mesmo assim a tensão ficou no ar até o momento da votação. Com o plenário [embaixo e em cima] e os corredores abarrotados de gente,  os gritos de “golpe!”, “Anilton!” “Galinho!” e “Jean!”, até o tenente-coronel Carlos Humberto compareceu, observou tudo, deu algumas instruções e depois foi embora.

Quando finalmente aconteceu a Ordem do Dia, só Jean Roubert (PTB) pela oposição e Leco (PHS) pelo governo, falaram e reforçaram o argumento apresentado pelos seus pares. Jean apresentou dados técnicos que comprovavam a inexistência das prestações de contas por parte do prefeito, e Leco, apresentou uma carta da empresa que teria sido contratada pela prefeitura, afirmando que não houve a celebração do contrato de 27 milhões de reais.

“Essa carta agora?, sem que esteja nos altos não tem qualquer valor”, rebateu Jean. Leco insistiu que ali era um julgamento das contas do prefeito aprovadas com ressalvas e não um julgamento político.

Ambos pediram aos parlamentares que mantivessem o acertado e assim aconteceu: 10 votos da oposição: Irmã Leda (PDT), José Carlos Coelho (PRB), Zezinho (Podemos), Jean, Mário Galinho, Macário, Bero do Jardim Aeroporto (PP), Cícero Bezerra (PP), Edilson do Hospital (MDB) e Moreirão (PSC) levantaram-se e reprovaram as contas de Anilton; Marconi Daniel (PHS), José de Abel (Podemos), Leco e Bero do Jardim Bahia (PT), ficaram sentados e aprovaram.

O presidente Marcondes Francisco não votaria neste caso onde são necessários dois terços dos parlamentares. 10×04 foi o resultado.

O efeito mais danoso e imediato é a impossibilidade de o ex-gestor assumir cargos públicos o que inviabiliza uma possível candidatura a prefeito em 2020. Porém, a votação de hoje certamente será contestada na Justiça.

Resta evidente que se havia dúvidas quanto ao possível desembarque em massa de vereadores para a bancada oposicionista, agora não há mais nenhuma.

Bero do Jardim Bahia se pronuncia.

 

 

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