Em 15 dias, 20 cães e gatos morrem misteriosamente na BA; um deles foi achado pendurado em árvore

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Em 15 dias, 20 cães e gatos apareceram mortos no município de Curaçá, a 94 quilômetros de Juazeiro, na região norte do estado, e a polícia apura a suspeita de envenenamento dos animais.

A maioria dos casos foi registrada no centro da cidade, mas uma das mortes que mais chocou a população ocorreu na zona rural, onde um cachorro foi encontrado enforcado com uma corda, pendurado em uma árvore.

Segundo os moradores, a morte de animais sempre foi comum na região, mas têm se intensificado nos últimos dias. “Teve uma época agora, há poucos dias, que a gente achava 10, 12 cachorros mortos. Colocavam veneno na comida e os cachorros comiam e caíam”, disse uma moradora.

A dona de casa Edileuza diz ter perdido dois animais de estimação nos últimos dias. “Foi questão de minutos. Eles saíram, comeram veneno e não teve mais como salvar. A gente tentou, mas não conseguimos salvar”.

Outra moradora, a comerciante Janete do Nascimento, que reside no bairro Curaçá I, conta que tinha quatro cães de estimação, mas um morreu há um mês.

“Ela saiu para brincar aqui do lado, numa pracinha, e eu estava deitada. Quando eu vim abrir a porta, ela entrou, brincou um pouquinho e depois saiu se tremendo e babando. Eu fiz um boletim de ocorrência”, disse.

A delegada Tereza Jucelia Barbosa, responsável pela investigação, disse que ainda não há suspeitos identificados, mas diz já ter algumas pistas. Ela lembra que matar e maltratar animais é crime ambiental.

“Qualquer tipo de maus-tratos é tipificado nessa lei e tem pena de detenção que vai de três meses a um ano. No entanto, caso haja morte desses animais, há uma causa de aumento de pena, que pode aumentar de um sexto a dois terços”.

A delegada disse que há dificuldade para investigar a morte de animais por conta da falta de registro de ocorrências dos casos. Até a terça-feira (25), somente duas pessoas denunciaram os crimes.

“Precisamos que a população venha à delegacia para informar as mortes. E testemunhas que saibam quais são as pessoas venham e informe. Precisamos da ajuda da população”, disse.

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